Quem sou eu

socratesambiental@gmail.com - TEL:(61)92341629/38792465

Pesquisar este blog

quinta-feira, 3 de maio de 2012

caracterização dos resíduos sólidos gerados na fabricação de sanitários ecológicos


caracterização dos resíduos sólidos gerados na fabricação de sanitários ecológicos

Cruz Júnior, Carlos Alberto1; Souza, Leandro de Conto2; Santos, Sócrates Lins2


 
Resumo:

Este trabalho teve como objetivo estudar os resíduos sólidos gerados na linha produtiva de sanitário ecológico da indústria Universo Ambiental LTDA, localizada na cidade satélite de Sobradinho, em Brasília-Distrito Federal. Foi realizada identificação e análises qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos gerados a partir do processo industrial de duas unidades sanitárias, uma simples e outra para portadores de necessidades especiais. De acordo com a identificação e análises foram realizadas classificação e proposição de gerenciamento com o intuito de promover a redução, a reutilização e a reciclagem dos resíduos sólidos da indústria, evitando riscos ao meio ambiente e à saúde pública.



Palavras-chave: Composição gravimétrica; Lixo; Processo industrial.


1) Centro Universitário de Brasília - UniCEUB, Presidente da Comissão de Gestão Ambiental; (2) Universo Ambiental Indústria e Comércio LTDA; SEE, Quadra 11 Lote 16 Sobradinho-DF; contato@cleanstation.com.br

INTRODUÇÃO                                                                                                     

Quando se propõe a disciplinar o tratamento e a disposição final de resíduos sólidos de Indústrias, emergem problemas como a falta de planejamento integrado e articulado entre os diversos agentes envolvidos e a dificuldade de encontro da melhor estratégia de trabalho para levantamento dos resíduos  produzidos. São principalmente, armazenados em depósitos, quando não são encaminhados para lixões ou depositados nas margens das estradas ou em terrenos baldios (KRAEMER, 2007). A consequência imediata deste horizonte retrata-se na destinação dos resíduos feita quase sempre de forma inadequada.                                    O manuseio, acondicionamento, armazenagem, coleta, transporte e destinação final dos resíduos, devem estar fundamentados na classificação dos resíduos sólidos gerados no processamento industrial. Conforme a classificação são definidos os controles necessários em todas as fases envolvidas no processo (ROCCA, 1993). De acordo com a Lei No 12.305, de 2 de agosto de 2010  que institui a Política  Nacional de Resíduos Sólidos, em seu capítulo 3 seção 1 artigo 25, compete ao gerador de resíduos sólidos a responsabilidade pelos resíduos gerados. O não cumprimento desta recomendação poderá implicar em multas consideráveis e ações judiciais, podendo haver inclusive o embargo do empreendimento.

Diante da necessidade em dar destino responsável aos resíduos sólidos gerados na produção de Clean Station® Sanitários Ecológicos, buscando o atendimento da legislação vigente e fazendo exercer a função sócio-ambiental da empresa, esta pesquisa apresenta o levantamento quali-quantitativo dos resíduos sólidos gerados e proposições de gerenciamento.



MATERIAL E MÉTODOS

A classificação dos resíduos foi realizada segundo a norma ABNT NBR 10004:2004. Ocorreu no mês de outubro de 2011, na unidade industrial da empresa Universo Ambiental Indústria e Comércio LTDA, localizada em Sobradinho-DF.



 
Realizou-se identificação macroscópica dos resíduos gerados (figura 1) de acordo com as matérias-primas, os insumos e o processo que lhes deram origem, os quais foram coletados diariamente até a conclusão das unidades.               

A divisão em categorias e subcategorias bem com a quantificação por meio de pesagem foi realizada logo após a identificação do material durante o processamento industrial de duas unidades de Clean Station®, sendo uma unidade sanitária modelo masculino/feminino e outra para portadores de necessidades especiais (figura 2).

Figura 2. Vista anterior das unidades sanitárias Clean Station® modelos masculino, feminino e portadores de necessidades especiais.


 
A proposição de gerenciamento foi realizada de acordo com o grau de periculosidade dos resíduos e a comparação destes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.



Resultados e Discussão

A peso global dos resíduos analisados foi de 67,44 Kg, o que corresponde à 5,67% do peso gasto com matéria prima (1200 Kg), evidenciando o baixo desperdício no processo industrial das unidades sanitárias.  Verificou-se na tabela 1 que todos os resíduos são classificados na classe II e a maior parte dos resíduos gerados é de metais ferrosos os quais devem ser separados na origem e estocados em baias para venda como reciclável. O descarte de papel deverá ser realizado em caixas de papelão e subdividido em misto (com cola) e limpo (sem cola), para melhorar a classificação do papel sem cola na reciclagem, consequentemente melhorando a receita oriunda desse resíduo.  A pesar da pequena quantidade de poliestireno encontrada na amostra o mesmo deverá ser reinserido no ciclo de produção por ser um material inerte quimicamente, não ser biodegradável, não desaparece no ambiente e não conter gás CFC. O plástico sem cola deverá ser separado do plástico com cola que juntamente do papel com cola constituem o rejeito industrial.


Tabela 1. Caracterização, quantificação e classificação dos resíduos gerados na produção das unidades de Clean Station®


 
Resíduo
Origem
Peso (Kg)
Valor (%)
Classificação
Alumínio
acm; piso; latas; embalagens
19,90
29,53
Classe II
Ferro
discos; embalagens; aparas; aço carbono; prego; outros
13,80
20,43
Classe II
Papel Misturado
jornal; papel cartão; manual; embalagens; flyer; adesivos          
0,88
1,31
Classe II
Papelão
caixas
6,10
9,05
Classe II
Limpeza
saco rafia; flanela; pano;  lã de aço
0,40
0,58
Classe II
 Aparas
pó de ferro
7,00
10,39
Classe II
Madeira
cabo vassoura; caixa               
11,00
16,32
Classe II
Poliestireno Expandido
placas; embalagens
1,50
2,23
Classe II
Espuma
embalagens
0,36
0,53
Classe II
Plástico sem cola
sacola; garrafa; copo                 
1,10
1,63
Classe II
Plástico com cola
revestimento do acm;  fita adesiva; revestimento do alumínio         
5,40
8,01
Classe II



Conclusões



1)    A maior parte dos resíduos obtidos no processo de fabricação de Clean Station® podem ser facilmente separados e destinados à reciclagem, com geração de receita para a empresa.

2)    Ao se obter conhecimento dos resíduos sólidos gerados, pode-se tomar medidas de controle e segurança e otimização dos processos produtivos obtendo economia de insumos e matéria-prima.

3)    Para a implementação da política de gerenciamento de resíduos sólidos da indústria, as demais áreas que estão dentro do sítio trabalhado devem ser mapeadas. 



REFERÊNCIAS



ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. Classificação de resíduos, NBR 10004. Rio de Janeiro, 2004.



BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.



ROCCA, A. C. C. Resíduos Sólidos Industriais. CETESB. São Paulo-SP, 1993.


Figuras 1. Identificação macroscópica de categorias e subcategorias dos resíduos sólidos gerados na produção de Clean Station®.





Vejam o Sanitario Ecológico em funcionamento no site:  http://www.youtube.com/watch?v=O8a5p7I9-uc

domingo, 17 de julho de 2011

Serviço profissional de consultoria ambiental - canteiro de obras MC ENG.

Relatório de Conformidade Ambiental

Empreendimento:
CAESB – Obra de implantação de rede condominial de esgotos
Relatório Nº:
  xx
Empresa executora da obra:

MC – ENGENHARIA LTDA
Endereço:

Engenheiro responsável pela obra:

 
Nº da Licença de Instalação:
RA-XXX

Local da obra:
Vicente Pires/DF

Data:
11/07/2011
Engenheiro responsável pelo relatório:
Sócrates Lins dos Santos

Registro no CREA:
DF 17992 D